CIA esteve na Oficina de Capacitação e Comunicação sobre os Sítios Ramsar dos Manguezais Amazônicos que foi realizado nos dias 11 e 12 de setembro de 2019, na Universidade CEUMA – Campus Turu, em São Luís/ Maranhão. A programação foi promovida em parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e o Governo da Noruega.
O objetivo foi promover uma reflexão a respeito das propostas para a visão estratégica e de estrutura de governança dessas áreas, além de informar as comunidades pesqueiras dos estados sobre os sítios Ramsar regionais, que vão do Oiapoque (AP) até o Delta do Parnaíba (PI) e parte de Barroquinha – CE, criando assim uma rede de comunicação entre elas para uma atuação integrada e em rede. Os sítios Ramsar são zonas úmidas reconhecidas como locais de importância ecológica internacional. Essas áreas entram na classificação da chamada Convenção de Ramsar, um tratado intergovernamental para conservação e uso sustentável dos recursos naturais de tais ambientes.
O evento contou com a presença de membros do ICMBio, Ministério do Meio Ambiente, Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (CONFREM), Universidade Estadual do Maranhão, além de representantes das comunidades pesqueiras do litoral maranhenses, Piauí e de ONGs Comissão Ilha Ativa – CIA, WCS BRASIL e Fórum Carajás.
Para Luciano Galeno, presidente da CIA, manter a comunidade informada é essencial para a garantia da preservação e conservação dos sítios Ramsar. “CIA se fez presente nessa oficina para buscar, repassar para a comunidade e outros parceiros o que é a Convenção, o título Ramsar para que, a partir dessa informação, essas lideranças e instituições solidifiquem e possam estar usando a imagem/título dos sítios para criar projetos de conservação dessas áreas que sejam do interesse das comunidades e instituições socioambientais, de modo potencializar as riquezas naturais dessas áreas pelos seus diversos usuários, pessoas que vivem nesses ambientes de modo equilibrado”, pontou.
A Convenção Ramsar em 02 de fevereiro de 1971, na cidade de Ramsar, no Irã, foi aprovado o texto da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, também chamada Convenção de Ramsar. Assim, os países signatários tiveram a oportunidade de indicar áreas para ingressar na chamada Lista de Ramsar. Os sítios Ramsar são pontos estratégicos de conservação da biodiversidade e possuem prioridade em cooperações técnicas e apoio para projetos que visem à sua proteção e ao uso sustentável de seus territórios.
Desde sua adesão à Convenção, o Brasil promoveu a inclusão de 23 unidades de conservação e dois 2 Sítios Ramsar Regionais, somando 25 sítios. A introdução dessas áreas na lista faculta ao Brasil a obtenção de apoio para o desenvolvimento de pesquisas, o acesso a fundos internacionais para o financiamento de projetos e a criação de um cenário favorável à cooperação internacional. Em contrapartida, o país assumiu o compromisso de manter suas características ecológicas e socioambientais dessas grandes áreas úmidas.
Para mais informações sobre esse importante tema acesse:
https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/instrumentos-de-gestao/s%C3%ADtios-ramsar.html